POEMA PARA IRENE
Meu mar
Meu céu
Minha montanha...
Dádiva dos deuses
A mim concedida
Para amar-te
e
Ser a sombra
Q te acompanha
***
Meu mar
Meu céu
Minha montanha...
Dádiva dos deuses
A mim concedida
Para amar-te
e
Ser a sombra
Q te acompanha
***
Meu amor é vingança
É dança que envolve
Revólver que não atira
Mentira que brilha
É brilho sem luz.
A vingança é meu amor
Avança como onda
última do mar
Meu amor é vingança
Um amor sem amar.
***
AUSÊNCIA
AUSÊNCIA
Teu rosto que não vejo
é a morte de meu desejo
Tua face que não miro
é o abismo em que me atiro
Tua voz que não escuto
é em meu coração um luto
Tua presença que se desvanece
é uma inútil prece.
DO TERCEIRO ANDAR
( na rua Visconde de Faria )
Tua face que não miro
é o abismo em que me atiro
Tua voz que não escuto
é em meu coração um luto
Tua presença que se desvanece
é uma inútil prece.
DO TERCEIRO ANDAR
( na rua Visconde de Faria )
e ninguém passa...
(é só neblina, é só fumaça)
Colho
o brilho frio da lua
e me recolho.
Dentro de mim
fecho a vidraça.
IMAGEM ALGUMA
Perdido na mais ausente distância
Espelhoque não reflete imagem alguma
Alga marinha no meio do oceano
Oculto embora pressentido
Vento sem canto, mudo,
Eu estrela pálida e fria
Colho o vazio
Do nada que plantei.
Destino ou sina?
Nunca saberei...
Cansado estou
da viagem
que não viajei.
SEM MISTÉRIO
SEM MISTÉRIO
lá onde os vivos não falam
e o medo anda só
todas as sombras se igualam
a vida se desfaz em pó.
ossos ajuntados
sem memória , sem testemunho
gargantas ganham um nó
que custará a desatar.
lá onde a vida se fecha
sem mais nenhuma cerimônia
sem mistério
sem dó.
QUEBRANTO
Olho seca-telha,
seca-pimenteira,
olho gordo,
olho grande,
olho grosso,
olho mata-pinto,
olho ruim,
mau olhado,
traz feitiço ,
faz fascínio"
Benza-os Deus,
olhos não são maus
"Colhida a fruta,
a árvore apodrece
guiné dá alarme,
aguça o cheiro,
Contra ti
haja oração ,
patuá, amuleto,
talismã, escapulário,
carântula,meia -luafiga...
Isola !
Pé de pato, mangalô três vezes
"Não te receio! Tenho jesus cristinho
no coração"
Valdir Alvarenga
Poeta santista, autor de três livros: Plenilúnio, Pequeno Marginal e Autógrafo. Co-editor da revista literária Mirante além de animador cultural
Valdir Alvarenga
Poeta santista, autor de três livros: Plenilúnio, Pequeno Marginal e Autógrafo. Co-editor da revista literária Mirante além de animador cultural
Benilson, vi aqui beber em sua fonte! E tomei a liberdade de transcrever esse poema em meu blog. Desculpe-me pelo atrevimento... rsrs, e comunique ao autor, por favor.
ResponderEliminarUm grande abraço e tenha um ótimo fim de semana.