POÉTICA DO CARURU
para Luísa Mahin Nascimento
No chão comemos o caruru dos 7 poetas
Entre versos e tachos e sinestesias e bacias
Os poetas revivem a festa das matas africanas
De seus lábios ecoam os ritmos ancestrais
Rodam no terreiro cavalos da poesia
A palavra sibila no atabaque do malungo
Todos cantam na força da magia
7 poetas comem caruru recitando euforias
Do livro inédito “Cantares de Roda”.
Feira de Santana, 19-09-2010.
ROSEIRAL
para Rosana Maria Carneiro Rios
Teu corpo é roseiral que exala fogo,
lambendo e devorando meus desejos.
Teus róseos espinhos são mil lampejos
que rasgam meus gritos de desafogo.
Teu roseiral, campo de mil prazeres,
vermelha fonte de insaciável gozo,
arde sobre meu peito. E fogoso
canto salmos de orgia, por trazeres
para meus braços, ó lúdica ninfa,
a rosa mais rosa, do roseiral
secreto que trazias dentro de ti.
Do livro inédito “Aromas de Fêmea”.
LUZ DA PAIXÃO
Amanhecer em teus braços,
pleno do gozo de uma noite
escura, sentir meu corpo
claro sempre à tua procura.
Amanhecer em teus braços,
insaciado dos teus olhos,
buscar novamente teus
abraços, luz da paixão.
Amanhecer em teus braços,
recitando mil suspiros,
canções de ternura viva
em formas várias de amar.
Do livro inédito “Aromas de Fêmea”.
CANÇÃO DA AMIGA
(ao som de flauta doce)
Em teus lábios, amiga,
repousam sonhos disfarçados de euforia.
Em teus olhos, amiga,
naufragam poemas rupestres de dores oníricas.
Em teu corpo, amiga,
florescem lírios roxos em mar de volúpia.
Do livro inédito “Aromas de Fêmea”.
BESTIÁRIO INÚTIL
para Luísa Mahin Nascimento
No chão comemos o caruru dos 7 poetas
Entre versos e tachos e sinestesias e bacias
Os poetas revivem a festa das matas africanas
De seus lábios ecoam os ritmos ancestrais
Rodam no terreiro cavalos da poesia
A palavra sibila no atabaque do malungo
Todos cantam na força da magia
7 poetas comem caruru recitando euforias
Do livro inédito “Cantares de Roda”.
Feira de Santana, 19-09-2010.
ROSEIRAL
para Rosana Maria Carneiro Rios
Teu corpo é roseiral que exala fogo,
lambendo e devorando meus desejos.
Teus róseos espinhos são mil lampejos
que rasgam meus gritos de desafogo.
Teu roseiral, campo de mil prazeres,
vermelha fonte de insaciável gozo,
arde sobre meu peito. E fogoso
canto salmos de orgia, por trazeres
para meus braços, ó lúdica ninfa,
a rosa mais rosa, do roseiral
secreto que trazias dentro de ti.
Do livro inédito “Aromas de Fêmea”.
LUZ DA PAIXÃO
Amanhecer em teus braços,
pleno do gozo de uma noite
escura, sentir meu corpo
claro sempre à tua procura.
Amanhecer em teus braços,
insaciado dos teus olhos,
buscar novamente teus
abraços, luz da paixão.
Amanhecer em teus braços,
recitando mil suspiros,
canções de ternura viva
em formas várias de amar.
Do livro inédito “Aromas de Fêmea”.
CANÇÃO DA AMIGA
(ao som de flauta doce)
Em teus lábios, amiga,
repousam sonhos disfarçados de euforia.
Em teus olhos, amiga,
naufragam poemas rupestres de dores oníricas.
Em teu corpo, amiga,
florescem lírios roxos em mar de volúpia.
Do livro inédito “Aromas de Fêmea”.
BESTIÁRIO INÚTIL
Primeira paisagem
Um calango espreita a vida
no mormaço de uma tarde estreita.
Sol a castigar o dorso de uma catenga
viúva silenciosa de outro calango morto.
Esticado em terra seca e astrosa
poeta repousa ossos e remorsos.
Segunda paisagem
De cima de um muro
um calango vigia o mundo.
Imperioso e astuto e lépido
contempla a paisagem (surda)
ausculta os pensamentos de um cético.
De cima de um muro
um calango vigia o cego.
Viril e verossímil e audaz
afronta a morte que ronda
seu dorso listrado de couro tenaz.
Concerto para ninar calangos
Silêncio tecido de dor e violinos
crava em meu peito
concerto estapafúrdio
para ninar calangos opalinos.
Sergipano de Propriá, Cléberton é poeta, crítico literário e Professor da Universidade Federal de Feira de Santana (BA). Detentor de inúmeros prêmios nacionais de Literatura, publicou os livros Ópera Urbana e Lucidez Silenciosa -entre outros. Veicula o blog http://clebertonsantos.blogspot.com
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