
RESSURREIÇÃO
O amor chegou, sentou-se à farta mesa.
Pensou que ali vivia o seu abraço
porém ouviu palavras ao espaço
- lamentos no vazio da incerteza.
O orgulho sério sempre no pedaço
maior, mais firme e sem qualquer fineza
abriu a porta à sádica esperteza
deixando entrar a glória do fracasso.
A farta angústia enfim, no desencanto,
tocou no amor, pediu a paz, no entanto,
além da paz ganhou um ar de aclive.
E assim as mãos se uniram sob a luz
do amor, pela humildade que seduz
e sendo eterno e terno sobrevive!
CAUSA-EFEITO
I
Quando a fonte
afina com a ponta
a ponte
não desaponta
... e o monte
não perde a monta.
Quando a chama
afina com fanal
a fama
foge ao banal
... e a lama
perpassa ao mal.
II
Quando o monte
afina com banal
a ponte
é o vertical
desmonte
nas pás de cal.
Quando a fama
se enrosca pela conta
a chama
a paz desmonta
... e a lama
ao breu aponta!!
À LÁGRIMA
Quando a esperança acorda um sonho leve
e o som da natureza se aprimora;
penumbras do passado vão embora
e o toque do relógio não se atreve...
Quando o aperto de mão à paz aflora
e a dúvida do amor torna-se breve;
o gelo da pintura vira neve
e o justo com justiça não demora...
Ressurgem as latentes pradarias;
os olhos não se enganam com a fala
e a liberdade enfim mais aparece.
Tertúlias fraternais noites e dias
lapidam o poeta que se exala
e à lágrima fervente desfalece!
AOS QUE PARTIRAM
Os nossos entes queridos
que partiram para o além
jamais serão esquecidos;
nãos nos esquecem também.
Leve pranto de saudade
refrigera o nosso enlace.
Uma brisa nos invade
e a esperança então renasce.
Detenhamos conformismo;
o futuro nos espera.
Ausência não é abismo;
presença não é quimera.
Elevemos para o céu
orações para o conforto.
E quando subir o véu...
é ver: ninguém está morto!!
João Batista Xavier Oliveira nasceu em Presidente Alves-SP-, em 16-06-1947, reside em Bauru-SP desde 1975. Possui trabalhos classificados em diversos concursos no Brasil e um em Portugal.
Veicula o blog http://jobaxaol.blogspot.com
O amor chegou, sentou-se à farta mesa.
Pensou que ali vivia o seu abraço
porém ouviu palavras ao espaço
- lamentos no vazio da incerteza.
O orgulho sério sempre no pedaço
maior, mais firme e sem qualquer fineza
abriu a porta à sádica esperteza
deixando entrar a glória do fracasso.
A farta angústia enfim, no desencanto,
tocou no amor, pediu a paz, no entanto,
além da paz ganhou um ar de aclive.
E assim as mãos se uniram sob a luz
do amor, pela humildade que seduz
e sendo eterno e terno sobrevive!
CAUSA-EFEITO
I
Quando a fonte
afina com a ponta
a ponte
não desaponta
... e o monte
não perde a monta.
Quando a chama
afina com fanal
a fama
foge ao banal
... e a lama
perpassa ao mal.
II
Quando o monte
afina com banal
a ponte
é o vertical
desmonte
nas pás de cal.
Quando a fama
se enrosca pela conta
a chama
a paz desmonta
... e a lama
ao breu aponta!!
À LÁGRIMA
Quando a esperança acorda um sonho leve
e o som da natureza se aprimora;
penumbras do passado vão embora
e o toque do relógio não se atreve...
Quando o aperto de mão à paz aflora
e a dúvida do amor torna-se breve;
o gelo da pintura vira neve
e o justo com justiça não demora...
Ressurgem as latentes pradarias;
os olhos não se enganam com a fala
e a liberdade enfim mais aparece.
Tertúlias fraternais noites e dias
lapidam o poeta que se exala
e à lágrima fervente desfalece!
AOS QUE PARTIRAM
Os nossos entes queridos
que partiram para o além
jamais serão esquecidos;
nãos nos esquecem também.
Leve pranto de saudade
refrigera o nosso enlace.
Uma brisa nos invade
e a esperança então renasce.
Detenhamos conformismo;
o futuro nos espera.
Ausência não é abismo;
presença não é quimera.
Elevemos para o céu
orações para o conforto.
E quando subir o véu...
é ver: ninguém está morto!!
João Batista Xavier Oliveira nasceu em Presidente Alves-SP-, em 16-06-1947, reside em Bauru-SP desde 1975. Possui trabalhos classificados em diversos concursos no Brasil e um em Portugal.
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