segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
LEANDRO MONTEIRO DE OLIVEIRA
UM VASO
UM VASO,
UM CACO,
UM FURO,
AI QUE DOR!
TROVA AGNÓSTICA
O meu céu só tem estrelas,
Planetas, sol... Nesse cosmo
De infindável Existência,
Cuja verdade é os olhos.
TÍTULO
Pode ser curto
Ou um pouco mais longo.
Não é poesia, conto, romance, artigo de jornal ou qualquer texto...
Já que tem apenas uma linha.
Ele está na essência
(que, agora, está no papel)
Do cosmo, do mundo ao qual pertence:
Fatos, coisas, seres, gentes, conceitos...
Podendo ser tudo.
Assim, ele é o início de tudo,
O primo-verbo,
O verbo-nominativo
Que originou a existência
De um ser que antes não sabia que vivia.
E que, agora, vive.
O UNIVERSO II
Uma árvore morre,
Outra nasce. Deus consagra
A vida, a morte.
PROFECIAS
São como jarros de barro,
Debaixo de torneiras
A pingarem
Em dias ensolarados:
Por mais que o sol
Venha a evaporarem
As gotas d’água,
Cedo ou tarde,
Os jarros as transbordarão.
FESTA SOTURNA
As noites vêm
As horas passam
As rodas cantam
As balas dançam
Todos os dias
Todas as noites
Neste Brasil...
As noites ouvem
As horas passam
As rodas cantam
As balas dançam
Em tênues pistas
Cinzas, bucólicas
E citadinas...
Onde os valentes
Refutam carros
De quem oferta
Contudo, mudam
Os que interessam
(Muito para eles)
Nesta soturna
Festa noturna...
Onde o silêncio
É a casa, abrigo
Pra violência
Som estridente
De cujos gritos
São magnas músicas
Das ações sujas...
XIII (DE ALQUIMIA DO NONSENSE)
Vassoura varre as estrelas
Aspirador suga as massas negras
Eu agora sento sobre a mesa rasa
Comendo o tempo
Que me alimenta
E me mata
Nasceu em Taubaté em 07 de novembro de 1983. Formado em Letras. Sua poesia aborda diversos assuntos como o amor, a religião, a política, a sociedade e a própria arte poética. Escritor com destacada participação no movimento literário taubateano contemporâneo. Contato: leandremon@bol.com.br
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Ei, leanadro, teus versos estão cada vez melhores: cada vez mais te espelham. tua temática tbm está se diversificando... Em resumo, estás cada vez mais poeta.
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